Glórias do Passado: Parque Desportivo Com. Joaquim Almeida Freitas

 

Parque Desportivo Com. Joaquim Almeida Freitas



Denominado Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas é o campo de jogos do Moreirense FC, colectividade da vila de Moreira de Cónegos, no concelho de Guimarães.

Actualmente, trata-se de uma infra-estrutura desportiva bem evoluída, cómoda e capaz de responder as necessidades daquele clube, sobretudo, após as obras de remodelação, melhoramento e ampliação levadas a cabo aquando da passagem do Moreirense FC pelo primeiro escalão do futebol português.

A história do Moreirense FC refere como primeiro recinto de jogos um campo que ficou conhecido pelos nomes de Abílio Barros e Ilda Celeste Vieira Araújo, padrinhos do primeiro campo onde jogou o clube no ano de 1938.
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(Um dos primeiros campos onde jogou o Moreirense FC)
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Desde os inícios da década de 40 até, sensivelmente, aos principio da década de 70, o clube limita-se a participar em jogos ou competições de carácter particular, utilizando para esse efeito, normalmente, os recintos desportivos dos parques escolares, campos agrícolas da região ou em espaços devolutos onde se pudesse disputar partidas de futebol.

A partir então da década de 70, quando o Moreirense FC passou a apresentar-se com regularidade nas provas oficias organizadas pela Associação de Futebol de Braga, tornou-se premente encontrar um recinto próprio para o clube treinar e jogar como visitado.

Com o auxílio de muitos beneméritos da terra foi possível reunir o dinheiro necessário para a terraplanagem do local onde actualmente se encontra o Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas.
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(Inicio da construção do campo de jogos do Moreirense FC)
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(Atrás da baliza do topo norte do campo pelado)
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Inicialmente, claro está, aquele recinto desportivo não passava de um campo de futebol pelado, com balizas de futebol e um pequeno espaço onde funcionavam os balneários. Praticamente sem bancadas montadas, o publico amontoava-se à volta das quatro linhas, destacando-se, porem, a zona do topo norte onde a inclinação do monte permitia o acondicionamento de bastante publico para assistir aos jogos de futebol.

Respondendo as necessidades do clube e das gentes da terra, aquele modesto campo de futebol foi sendo sucessivamente melhorado. Na década de 80, apesar de ser um campo pelado, já possuía uma bancada onde o público podia sentar-se e iluminação eléctrica para treinos.

Entretanto foi construída outra bancada e no início da década de 90 procedeu-se ao arrelvamento do campo de jogos. A ascensão nacional do clube assim o exigia e a partir de então o Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas passou a dispor de um campo relvado.
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(Ainda pelado com a bancada central coberta)
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(Já com o relvado)
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Mas a grande remodelação, a intervenção de fundo que aquele espaço sofreu de modo a tornar-se naquele que hoje evidencia, ocorreu com a chegada do Moreirense FC à 1ª Divisão Nacional.

Aí os níveis de exigência foram, naturalmente, bem superiores. Aquela intervenção foi mesmo bastante profunda, com a substituição do relvado existente, melhoramento de todas as infra-estruturas e bancadas existentes e a construção de uma nova bancada lateral coberta.

Consequentemente, em 20 de Outubro de 2002, o Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas foi reinaugurado, dotado agora de uma lotação para 6.000 lugares sentados, com duas bancadas cobertas e uma bancada de topo descoberta.
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(O campo do Moreirense FC antes das obras de remodelação)
. (Antes das obras de remodelação o estádio do Moreirense FC)
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A permanência do clube na 1ª Divisão Nacional e o interesse nas transmissões televisivas dos seus jogos na condição de visitado levaram a dotar aquele recinto também de uma iluminação eléctrica para aquele fim.

A ligação entre o Vitoria SC e o Moreirense FC, actualmente os dois principais clubes do concelho de Guimarães, foi sempre muito estreita, quer ao nível da cedência de jogadores ou na realização de jogos amigáveis.

Com a ascensão do Moreirense FC ao topo do futebol português os encontros entre as duas formações do concelho de Guimarães passaram a ter um carácter oficial, numa primeira fase através da Taça de Portugal e depois por encontros a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Liga.
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(Obras de remodelação do Parque Desportivo)
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(Obras de remodelação do campo do Moreirense FC)
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O primeiro jogo do Vitoria SC no Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas, a contar para uma daquelas principais competições futebolísticas nacionais, foi um desafio da 4ª eliminatória da Taça de Portugal de 2000/01.

Estes clubes, curiosamente, já se haviam encontrado nas edições de 1998/99 e 1999/00, quando o Vitoria SC foi derrotado em pleno Estádio D. Afonso Henriques pelo Moreirense FC por 2-3 nos 32 avos de final da Taça de Portugal e na época seguinte novamente em Guimarães, outro triunfo do conjunto de Moreira de Cónegos, agora por 0-1, nos quartos de final da mesma competição.

E em 2000/01, agora no Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas, o Vitoria SC voltou a ser derrotado e eliminado da Taça de Portugal pelo Moreirense FC, naquela altura a militar na 2ª Divisão Nacional “B”.
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(A bancada lateral antes das obras de remodelação)
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(O Parque Desportivo do Moreirense FC)

Vencendo a turma vitoriana por 4-3, a equipa do Moreirense FC foi a grande sensação daquela eliminatória da Taça de Portugal. O Vitoria SC, então treinado por Álvaro Magalhães, treinador que havia sucedido ao brasileiro Paulo Autuori, entrou muito mal na partida e aos 22 minutos de jogo já perdia por 2-0.

O defesa moreirense Altino abriu o marcador logo aos 3 minutos de jogo, cabeceando à vontade no centro da defesa do Vitoria SC após a cobrança de um canto pelo centrocampista Gomes.

Aos 21 minutos, aproveitando um corte defeituoso de defesa vitoriano Auri, o avançado Armando aumentou a vantagem para o Moreirense FC. Com a equipa do Vitoria SC completamente à nora, o Moreirense FC dispõe em seguida de duas oportunidades para ampliar o marcador, por Armando, que falhou o remate perto da linha de golo, e Nuno Cavaleiro, isolado, permitiu a defesa do guardião vitoriano Cândido.


(Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas no dia da inauguração da iluminação artificial)
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(Actualmente o estádio do Moreirense FC)
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Em desvantagem, Álvaro Magalhães, lança mais um avançado na equipa do Vitoria SC, entrando o brasileiro Evando, logo aos 26 minutos de jogo, para o lugar de Lima. Mas até ao intervalo o marcador não se alterou.

Depois do descanso, o Vitoria SC apareceu melhor no encontro e logo no primeiro minuto do segundo reduziu o marcador para 2-1 atraves de um tento apontado por Evando na transformação de uma grande penalidade a castigar um mão na bola de Gomes no interior da grande área do Moreirense FC.

Apenas três minuto depois, o defesa central do Vitoria SC Márcio Theodoro empate a partida a 2-2, desviando de cabeça um canto apontado por Frederick Sordstrom. Ao 57 minutos de jogo, concretizando a reviravolta no marcado o avançado vitoriano Congo fez o 2-3, concluindo com classe uma bola bombeada vinda da sua defesa.
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(Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas)

(O Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas já dotado dos postes de iluminação electrica)

A perder a equipa do Moreirense FC como que se transfigurou e imbuída de um arreganho incomparável foi à procura do empate, encostando, por assim dizer, a equipa do Vitoria SC às “cordas”.

Em resultado dessa pressão, logo aos 61 minutos, Nuno Cavaleiro empate novamente o encontro, depois de um lance bem gizado por Serafim e Lim. O empate não eram porem suficiente e a equipa de Moreira de Cónegos acreditou que poderia repetir a historia eliminando, novamente, o Vitoria SC.

Álvaro Magalhães revelou receio da equipa do Moreirense FC e, com o jogo empatado, retira o avançado Sérgio Júnior para colocar em campo o médio defensivo Paulo Gomes.

(Imagem actual do estádio do Moreirense FC)

A intensidade do jogo estava verdadeiramente ao rubro, tanto dentro das quatro linhas, como nas bancadas onde o publico vibrava num jogo impróprio para cardíacos. A estocada final na equipa do Vitoria SC aconteceu somente a três minutos do final na partida, numa altura em que a reacção era praticamente impossível.

O 4-3 como resultado final que redundou na eliminação do Vitoria SC, foi estabelecido, novamente, através do veloz Nuno Cavaleiro, bem desmarcado pelo companheiro Armando nas costas do defesa esquerdo Rogério Matias.


Autor: Alberto de Castro Abreu

Caro Alberto, como sempre, grande trabalho.

Se quiser enriquecer o seu espólio de imagens relacionadas com este estádio e ao mesmo tempo com o Vitória, aqui fica algum do material que tenho:

Época 00/01: Viagem de comboio | Estádio

Época 02/03: Bicicletas 1 2 3 | Estádio

Época 03/04: Cachecolada impressionante

Época 04/05: Bicicletas | Estádio 1 2 3

Vou espreitar artigos de estádios que me tenham passado despercebidos. Estaria interessado em receber imagens de vitorianos neles?

Um abraço vitoriano.
 
E já agora, entre muitos outros vídeos possíveis, não posso deixar de recordar o inesquecível golo de baliza a baliza marcado pelo Palatsi. O único golo de um guarda-redes vitoriano que tive oportunidade de presenciar e festejar ao vivo :)

Aqui fica ele:
http://www.youtube.com/watch?v=DOcMj02NEts

Abraço vitoriano.
 
Caro WhiteShadow:

Obrigado pelos comentários e as imagens deixadas. É obvio que estou interessado em receber todo o material. Desde que ligado ao Vitoria SC tenho interesse em tudo.

Saudações Vitorianas,

Alberto de Castro Abreu
 
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